Jeans
Transporte e armazenamento de
maneira correta.
Manusear o jeans de maneira correta é muito importante para
a obtenção de melhores resultados no tocante a qualidade das peças a serem produzidas.
Segue a abaixo o passo a passo.
Transporte e armazenamento
No recebimento da carga, verificar a qualidade das
embalagens e confirmar as quantidades;
Não armazenar os rolos direto no chão. Sugestão:
armazená-los sobre paletes;
Armazenar os rolos na posição horizontal e em paralelo,
nunca em pé ou cruzados (fogueira), o
que evita danos à região das ourelas e/ou ao rolo de tecido
como um todo;
A altura máxima de empilhamento é de 1,5 m;
Armazenar os rolos em local arejado, seco e sem incidência
direta de luz solar;
Não tirar a embalagem dos rolos até o uso;
Para preservar o tecido, não utilizar objetos pontiagudos
para abrir as embalagens, como facas
ou estiletes;
Evitar pancadas nos rolos e não arrastá-los;
Como sugestão: armazenar os rolos separados por Partida e
Sequencia da Partida.
Enfesto e corte
No enfesto, desenrolar o tecido de maneira branda e uniforme
para não causar a perda do pré-
encolhimento do tecido;
Retirar os defeitos graves, de 3 e 4 pontos, identificados
no tecido;
Recomenda-se não ultrapassar 15 cm de altura no enfesto ou
de 40 a 50 pares;
Enfestar o tecido por partida, obedecendo a sequencia da
partida;
Etiqueta
Externa
Pec: Sequência sugerida
para enfestar
Grupode TonalidadePartida
Não fixar o risco com materiais pontiagudos, pois podem causar
rompimento dos fios, queserão
evidenciados após a lavagem;
O risco deve ser feito em papel, manual ou computadorizado
(CAD), evitando-se riscar
diretamente sobre o tecido;
A faca de corte deve estar bem afiada para um corte de
precisão;
Após o corte, todas as partes devem ser identificadas,
evitando possibilidade de mistura na
confecção;
As partes devem ser amarradas cuidadosamente para evitar
qualquer tipo de dano ao tecido;
As partes devem aguardar o menor tempo possível para
costura, afim de se evitar problemas
com variação de medida entre as partes (crescimento);
Não se deve dobrar as partes para amarração. Isso evita
deformação (esticamento) do tecido e
irregularidades de montagem da peça.
Modelagem
Para tecidos SEM elastano, o sentido do CÓS deve ser inverso
ao restante da peça;
O fio do tecido deve estar indicado na modelagem;
Os piques orientativos para a confecção devem estar
indicados na modelagem;
Utilizar piques, pelo menos, para lateral e entrepernas;
Realizar o encaixe dos moldes, observando sempre o fio de
urdume;
Compensar na modelagem o percentual de variação dimensional
(encolhimento) do tecido, de
Solicite ao seu representante a Tabela de Encolhimento de
nossos artigos.
IMPORTANTE: Os valores de encolhimento indicados nesta
Tabela devem ser usados somente
como dados orientativos para a pilotagem. No desenvolvimento
de novas modelagens e
lavagens, recomendamos que sejam realizados testes com peças
piloto para determinar os
encolhimentos a serem utilizados na produção.
Costura
A espessura das linhas e das agulhas deve ser adequada à
gramatura do tecido a ser
costurado;Evitar tensões excessivas durante a costura, para
que não ocorram distorções entre os pontos ea peça;
Os dentes da máquina não devem estar altos demais ou
adiantados, pois tal regulagem poderá
contribuir para formação de pontos disformes e uma costura
ondulada;
A regulagem da máquina e a pressão do calcador devem estar
devidamente adequadas,
evitando assim, o estiramento do tecido;
Seguir a recomendação do fabricante quanto ao tempo de vida
útil das agulhas, verificando a
situação das mesmas a cada 8 horas. A utilização de agulha
gasta ou rombuda causa o defeito
“Furos de Agulha” nas costuras, que torna-se visível somente
após a lavagem;
Costurar as peças unindo os piques.
Indicação de Linha e Agulha
PESO TECIDO LINHA AGULHA LINHA BOBINA N° AGULHA
Leve 80 a 120 80 a 120 80 a 90 ponta fina/ bola
Médio 35 a 50 50 a 80 100 a 120 ponta fina/ bola
Pesado 25 a 35 50 a 80 110 a 130 ponta finaIndicação de
Pontos/ cm
PESO TECIDO PONTOS/ CM
Leve 4 a 5 pontos/ cm
Médio 3,5 a 4,5 pontos/ cm
Pesado 3 a 4 pontos/ cm
TABELA DE PESOS DE
TECIDOS CONFORME NORMA NBR 14634
PESO TECIDO GRAMATURA
Leve 170 a 240 g/m² ( 5 a 7 Oz/ jd²)
Médio 241 a 410 g/m² (7,1 a 12 Oz/ jd²)
Pesado Acima de 410 g/m² (12,1 Oz/ jd²)
Cuidados na confecção para evitar rasgos
Os problemas de rasgos ocorrem com maior frequência nos
bolsos traseiros, passantes, palas e naregião da vista.
Estes locais possuem travetes e maior concentração de dobras de tecido.
Quando o bolso possui lapela, a quantidade de dobras de
tecido é ainda maior, o que facilita o desgaste
do tecido na região do canto dos bolsos durante o processo
de lavagem. Neste caso, para artigos mais
leves, sugerimos o uso de tecido de reforço do lado avesso
da peça.
Os TRAVETES são utilizados para reforçar os locais onde a
peça irá sofrer maior esforço. As máquinas
mais comuns são as de 42 pontos por tavete, mas existem
também as de 36 e 28 pontos por travete. O
tamanho do travete também pode variar, por exemplo, 15 mm e
7 mm.
No desenvolvimento da peça é de grande importância a
adequação do travete, levando-se em
consideração:
1) Gramatura do tecido
2) Construção e acabamento do tecido
3) Bitola da linha de costura na operação
4) Tamanho do travete
5) Concentração de pontos por travete
6) Regulagem de máquinas
7) Tipo de Lavagem que a peça receberá
Cuidados na aplicação do TRAVETE:
1) Devem obedecer a distância mínima de 3 mm das bordas.
Isso garantirá flexibilidade, evitando o
desgaste da região por atrito, principalmente no processo de
lavagem;
2) Não podem existir pontos caídos na costura. Os pontos
caídos, além de bloquearem a flexibilidade
da região, tracionam o tecido, fazendo os rasgos
iniciarem-se desses pontos;
3) Os dentes transportadores devem ser adequados ao peso do
tecido. Caso isso não ocorra, haverá
desgaste do tecido nessa região, podendo provocar rasgos;
4) Como cada ponto representa uma picada de agulha no
tecido, para tecidos mais leves orienta-se a
redução da concentração de pontos do travete (de 42 para 36
ou 28 pontos/ travete) e/ou o
aumento do tamanho do travete. Isso faz com que as picadas
de agulha fiquem mais distribuídas.
5) Utilizar agulha com a bitola mais fina possível;
6) Para tecidos elastizados, trocar a agulha a cada 8 horas
de trabalho.Recomendação Importante:
Utilizar travetes de 11 mm no arremate dos bolsos traseiros;
Utilizar travetes de 8 mm para pregar passantes.
Simbologia de conservação têxtil para denins
Para melhor conservação dos produtos jeans, segue abaixo a
lista de símbolos que indicam os cuidados no processo de lavagem e secagem.
Os símbolos e textos utilizados seguem as determinações da
NBR ISO 3758:2006 que é citada pelo
CONMETRO em sua Resolução n° 2 de 06 de maio de 2008.
A Santana Textiles esclarece que os cuidados indicados acima
visam conservar o produto da forma original. Isto não deve impedir que se desenvolvam processos
de lavanderia que são desejáveis dentro do seguimento índigo.
Estes símbolos indicam a forma de se preservar
exclusivamente o tecido. A confecção deve analisar conjuntamente a lavagem efetuada nas peças, acabamentos
especiais, bordados, estampas,aviamentos e outros componentes agregados e definir o tipo
de conservação (símbolos) para a etiqueta
da Peça Final.
Cuidados adicionais para denins elastizados
Enfesto e corte
Antes do enfesto e corte, o tecido deve ser descansado por
no mínimo 24 horas, para que ele
adquira estabilidade dimensional e condições normais de
umidade. Deve-se enfraldar o tecido e depositar no máximo 3 rolos em camadas de
1,5 m de comprimento;
Para tecidos Bi-elastizados enfraldar com altura máxima de
0,5 m;
No corte utilizar baixa velocidade e lâminas com guia;
Cortar forros de bolso sempre em viés pleno (45°);
As partes devem aguardar o menor tempo possível para
costura, afim de se evitar os defeitos
“Fuga de Elastano” e variação de medida entre as partes
(crescimento). Ideal: aguardar no
máximo 24 horas.
Modelagem
Riscar o molde de maneira que todas as partes sigam a mesma
direção do fio, inclusive o cós;
O alongamento do tecido com elastano permite que o design da
peça siga o contorno do corpo,
assim as curvas e medidas podem ser reduzidas;
Recomenda-se não utilizar toda a elasticidade que o tecido
apresenta;
Cortar os forros dos bolsos em viés pleno (45°). A parte
superior do bolso pode ser cortada um
pouco menor que o usual ou dobrada;
Costura
Utilizar máquinas de ponto corrente nas costuras que exijam
elasticidade, pontos 401, 504 e 512
e para costuras de fechamento, ponto 516 (maiores
informações na NBR 13.483/ 95);
A densidade de pontos tem um efeito decisivo na elasticidade
da costura. Para denins com
elastano é recomendada a utilização de 5 pontos por cm, ou
seja, 12,5 pontos por polegada;
Para denins Bi-elastizados utilizar entre 3,5 e 4,0 pontos
por cm nas costuras de fechamento;
Ponto fixo é satisfatório para zíperes, costuras em vinco,
fixações e aplicações onde o
alongamento pode e deve ser limitado;
Reduzir a velocidade das máquinas em 25% para evitar o
atrito gerado pela agulha aquecida;
Utilizar agulhas ponta-bola;
Fazer testes de resistência da costura, esticando 3 ou 4
vezes para verificar se a mesma não se
rompe. Este procedimento deverá ser realizado a cada novo
tecido que chegar à confecção. Se
ocorrer o rompimento da linha, ajustes adicionais na máquina
deverão ser efetuados para
aumentar a elasticidade da costura;
Não esticar ou puxar o tecido durante a costura, para que
não ocorram variações no ponto e
distorções nas costuras;
A tensão da linha deve ser reduzida ao mínimo, consistente
com uma boa formação de ponto,
para assegurar boa aparência da costura e garantir sua
elasticidade;
Utilizar fios apropriados, como: filamento de nylon ou
poliéster texturizados e linhas mistas;
Para operações críticas, ou seja, costuras laterais,
entrepernas e travetes, recomenda-se trocar
as agulhas a cada 8 horas de trabalho. Para as demais
operações, seguir as recomendações do
fabricante quanto ao tempo de vida útil das agulhas,
verificando a situação das mesmas a cada
24 horas. A utilização de agulha gasta ou rombuda causa o
defeito “Furos de Agulha” nas
costuras, que torna-se visível somente após a lavagem;
Listar todas as condições operacionais a que foram submetidas
a peça piloto e submeter a
produção às mesmas condições da piloto. Por exemplo: tempo
de descanso, costurabilidade e
lavanderia.
Fonte: Santana têxtil Brasil