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domingo, 27 de maio de 2012

Temporada de primavera verão 2012 no Brasil iniciou dia 22 de maio sob ameaça de crise


                           Temporada Primavera verão 2012/2013 inicia com desafio de enfrentar as empresas de fora.




A temporada primavera-verão 2012 começa na terça (22) no Brasil com a abertura do Fashion Rio.Os desfiles acontecem em um cenário balançado pela adoção de um novo calendário da moda nacional e pelo medo de que uma crise, gerada sobretudo pela entrada e expansão de marcas estrangeiras no mercado brasileiro, prejudique o ainda frágil esquema de crescimento da indústria local --e, principalmente, do nicho do luxo. Neste ano, ocorrerão não duas, como de costume, mas três edições do Fashion Rio e da São Paulo Fashion Week. O inverno, portanto, será exibido em outubro próximo e não somente em 2013.A mudança visa incluir o Brasil na sequência de datas das maiores semanas de moda do mundo, o que significa um alinhamento com os esquemas mundiais de fornecedores e lançamentos. Mas a mudança do calendário foi apenas um fator de transição que trouxe à tona uma série de problemas estruturais da moda, incluindo a fragilidade de certa porção do mercado nacional diante da concorrência norte-americana e europeia. A reportagem falou com estilistas, entidades e empresários do Fashion Rio e da SPFW, donos de diferentes negócios, e ouviu que, por trás do glamour das semanas de moda, está um setor que luta contra a falta de parque industrial e de políticas de incentivo e que enfrenta a falta de união entre os próprios designers.

             Oskar Metsavaht, estilista e dono da Osklen:

"As marcas locais de luxo que trabalham com cópias de roupas europeias vão quebrar com a chegada dos originais.
A indústria têxtil tem interesses no mundo inteiro e faz lobby com o governo.Os estilistas são outro setor que concorre com os grandes industriais donos de marca. Somos os mais frágeis da cadeia, mas quem defende a imagem da moda somos nós. Há guerra de egos entre os designers, somos desunidos e bem amadores nesse ponto. Precisamos de mais liderança. O governo não entende que por trás de uma Chanel ou de uma Prada existe uma cadeia enorme que gera empregos."
              
                   Clô Orozco, estilista e dona da Huis Clos:
"Tive de pular essa estação para vender minha coleção comercial. Sou a favor da mudança [de calendário], mas foi brusca, não houve respiro.Precisamos de menores taxas de importação de tecido para competirmos com os grandes nomes da Europa e dos EUA. E de investimentos em maquinário. Poderíamos ser polos exportadores de malharia de luxo e seda, por exemplo."

Reinaldo Lourenço, estilista e dono da marca homônima:

"Cadê as máquinas? Marcas como Armani e Prada surgiram da industrialização incentivada pelo governo italiano. Temos de olhar mais a moda pelo lado da engenharia, da infraestrutura. Só a imagem não basta para levantar um mercado inteiro. Nosso setor deveria se aproximar mais dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, e não só do da Cultura. O diálogo com a presidente Dilma estacionou nesse sentido.   
                      Rony Meisler, dono da grife Reserva:

"Há conflitos de interesses empresariais que impedem o crescimento da indústria têxtil. Além disso, não há incentivos eficazes para a qualificação de mão de obra. Com a chegada dos estrangeiros, muita gente vai quebrar."
            
                   Waldemar Iódice, dono da Iódice e presidente da Abest (Associação Brasileira de Estilistas):

"O mercado local vem se profissionalizando, e a concorrência estrangeira é salutar. Mas ainda não tive oportunidade de reunir os estilistas para saber do impacto da chegada das marcas estrangeiras
Moda é disciplina, não é só reclamar. Não dá pra montar o ateliê e ficar lá no auê...

A Abest acaba de criar uma feira de negócios, o Salão +B [que ocorre de 29 a 31 de maio, no Mube, em São Paulo], que terá um conteúdo agregado de arte e luxo. O governo do Estado está empolgadíssimo com o Ministério da Cultura nessa empreitada.
              Fernando Pimentel, diretor superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção):

"Não há conflitos de interesses na indústria têxtil, e meu telefone está ligado o dia inteiro para quem quiser conversar sobre esse assunto
Também trabalhamos bastante com a Abest para defender os interesses comuns do setor têxtil, dos designers e das conf

sábado, 26 de maio de 2012

Cores


Cores suaves invadem os looks de primavera

Os tons pastel chegam para adocicar as coleções de primavera/verão do circuito internacional. Cores meigas, que lembram as de balinhas de goma – daí, a definição de candy colors –, puderam ser vistas na passarela da Prada, que propôs um mood girlie por meio dos vestidos plissados. Na Louis Vuitton, Marc Jacobs brincou com a feminilidade do salmão alaranjado, que também foi explorado na passarela da 3.1 Phillip Lim combinado ao lilás. Diane von Furstenberg não ficou de fora e escolheu tons de verde-claro para o duo saia rodada + regata. Na passarela de Valentino, o amarelo-bebê ganhou ares de festa no longo com recortes. Na hora de colocar a tendência em prática, vale combinar com neutros, como branco e bege. Looks monocromáticos também estão liberados. Mas nada de gula! Para não errar na dose de açúcar, que pode deixar o visual doce demais, fuja de babados e estampas infantis.
Foto: 1 de 5
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3.1 Phillip Lim
Tecidos leves intensificam o tom elegante.

Fonte:Editora AbrilMARINA DOMINGUES

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Manuseio do jeans

Jeans


Transporte e armazenamento de maneira correta.

Manusear o jeans de maneira correta é muito importante para a obtenção de melhores resultados no tocante a qualidade das peças a serem produzidas. Segue a abaixo o passo a passo.


Transporte e armazenamento



No recebimento da carga, verificar a qualidade das embalagens e confirmar as quantidades;
Não armazenar os rolos direto no chão. Sugestão: armazená-los sobre paletes;
Armazenar os rolos na posição horizontal e em paralelo, nunca em pé ou cruzados (fogueira), o
que evita danos à região das ourelas e/ou ao rolo de tecido como um todo;
A altura máxima de empilhamento é de 1,5 m;
Armazenar os rolos em local arejado, seco e sem incidência direta de luz solar;
Não tirar a embalagem dos rolos até o uso;
Para preservar o tecido, não utilizar objetos pontiagudos para abrir as embalagens, como facas
ou estiletes;
Evitar pancadas nos rolos e não arrastá-los;
Como sugestão: armazenar os rolos separados por Partida e Sequencia da Partida.



Enfesto e corte



No enfesto, desenrolar o tecido de maneira branda e uniforme para não causar a perda do pré-
encolhimento do tecido;
Retirar os defeitos graves, de 3 e 4 pontos, identificados no tecido;
Recomenda-se não ultrapassar 15 cm de altura no enfesto ou de 40 a 50 pares;
Enfestar o tecido por partida, obedecendo a sequencia da partida;
Etiqueta
Externa
Pec: Sequência sugerida
para enfestar
Grupode TonalidadePartida
Não fixar o risco com materiais pontiagudos, pois podem causar rompimento dos fios, queserão
evidenciados após a lavagem;
O risco deve ser feito em papel, manual ou computadorizado (CAD), evitando-se riscar
diretamente sobre o tecido;
A faca de corte deve estar bem afiada para um corte de precisão;
Após o corte, todas as partes devem ser identificadas, evitando possibilidade de mistura na
confecção;
As partes devem ser amarradas cuidadosamente para evitar qualquer tipo de dano ao tecido;
As partes devem aguardar o menor tempo possível para costura, afim de se evitar problemas
com variação de medida entre as partes (crescimento);
Não se deve dobrar as partes para amarração. Isso evita deformação (esticamento) do tecido e
irregularidades de montagem da peça.

Modelagem

Para tecidos SEM elastano, o sentido do CÓS deve ser inverso ao restante da peça;
O fio do tecido deve estar indicado na modelagem;
Os piques orientativos para a confecção devem estar indicados na modelagem;
Utilizar piques, pelo menos, para lateral e entrepernas;
Realizar o encaixe dos moldes, observando sempre o fio de urdume;
Compensar na modelagem o percentual de variação dimensional (encolhimento) do tecido, de
trama e urdume;
Solicite ao seu representante a Tabela de Encolhimento de nossos artigos.
IMPORTANTE: Os valores de encolhimento indicados nesta Tabela devem ser usados somente
como dados orientativos para a pilotagem. No desenvolvimento de novas modelagens e
lavagens, recomendamos que sejam realizados testes com peças piloto para determinar os
encolhimentos a serem utilizados na produção.

Costura

A espessura das linhas e das agulhas deve ser adequada à gramatura do tecido a ser
costurado;Evitar tensões excessivas durante a costura, para que não ocorram distorções entre os pontos ea peça;
Os dentes da máquina não devem estar altos demais ou adiantados, pois tal regulagem poderá
contribuir para formação de pontos disformes e uma costura ondulada;
A regulagem da máquina e a pressão do calcador devem estar devidamente adequadas,
evitando assim, o estiramento do tecido;
Seguir a recomendação do fabricante quanto ao tempo de vida útil das agulhas, verificando a
situação das mesmas a cada 8 horas. A utilização de agulha gasta ou rombuda causa o defeito
“Furos de Agulha” nas costuras, que torna-se visível somente após a lavagem;
Costurar as peças unindo os piques.
Indicação de Linha e Agulha
PESO TECIDO LINHA AGULHA LINHA BOBINA N° AGULHA
Leve 80 a 120 80 a 120 80 a 90 ponta fina/ bola
Médio 35 a 50 50 a 80 100 a 120 ponta fina/ bola
Pesado 25 a 35 50 a 80 110 a 130 ponta finaIndicação de Pontos/ cm
PESO TECIDO PONTOS/ CM
Leve 4 a 5 pontos/ cm
Médio 3,5 a 4,5 pontos/ cm
Pesado 3 a 4 pontos/ cm
TABELA DE  PESOS DE TECIDOS CONFORME NORMA NBR 14634
PESO TECIDO GRAMATURA
Leve 170 a 240 g/m² ( 5 a 7 Oz/ jd²)
Médio 241 a 410 g/m² (7,1 a 12 Oz/ jd²)
Pesado Acima de 410 g/m² (12,1 Oz/ jd²)



 Cuidados na confecção para evitar rasgos



Os problemas de rasgos ocorrem com maior frequência nos bolsos traseiros, passantes, palas e naregião da vista. Estes locais possuem travetes e maior concentração de dobras de tecido.
Quando o bolso possui lapela, a quantidade de dobras de tecido é ainda maior, o que facilita o desgaste
do tecido na região do canto dos bolsos durante o processo de lavagem. Neste caso, para artigos mais
leves, sugerimos o uso de tecido de reforço do lado avesso da peça.
Os TRAVETES são utilizados para reforçar os locais onde a peça irá sofrer maior esforço. As máquinas
mais comuns são as de 42 pontos por tavete, mas existem também as de 36 e 28 pontos por travete. O
tamanho do travete também pode variar, por exemplo, 15 mm e 7 mm.
No desenvolvimento da peça é de grande importância a adequação do travete, levando-se em
consideração:
1) Gramatura do tecido
2) Construção e acabamento do tecido
3) Bitola da linha de costura na operação
4) Tamanho do travete
5) Concentração de pontos por travete
6) Regulagem de máquinas
7) Tipo de Lavagem que a peça receberá
Cuidados na aplicação do TRAVETE:
1) Devem obedecer a distância mínima de 3 mm das bordas. Isso garantirá flexibilidade, evitando o
desgaste da região por atrito, principalmente no processo de lavagem;
2) Não podem existir pontos caídos na costura. Os pontos caídos, além de bloquearem a flexibilidade
da região, tracionam o tecido, fazendo os rasgos iniciarem-se desses pontos;
3) Os dentes transportadores devem ser adequados ao peso do tecido. Caso isso não ocorra, haverá
desgaste do tecido nessa região, podendo provocar rasgos;
4) Como cada ponto representa uma picada de agulha no tecido, para tecidos mais leves orienta-se a
redução da concentração de pontos do travete (de 42 para 36 ou 28 pontos/ travete) e/ou o
aumento do tamanho do travete. Isso faz com que as picadas de agulha fiquem mais distribuídas.
5) Utilizar agulha com a bitola mais fina possível;
6) Para tecidos elastizados, trocar a agulha a cada 8 horas de trabalho.Recomendação Importante:
Utilizar travetes de 11 mm no arremate dos bolsos traseiros;
Utilizar travetes de 8 mm para pregar passantes.


Simbologia de conservação têxtil para denins

Para melhor conservação dos produtos jeans, segue abaixo a lista de símbolos que indicam os cuidados no processo de lavagem e secagem.
Os símbolos e textos utilizados seguem as determinações da NBR ISO 3758:2006 que é citada pelo
CONMETRO em sua Resolução n° 2 de 06 de maio de 2008.
A Santana Textiles esclarece que os cuidados indicados acima visam conservar o produto da forma original. Isto não deve impedir que se desenvolvam processos de lavanderia que são desejáveis dentro do seguimento índigo.
Estes símbolos indicam a forma de se preservar exclusivamente o tecido. A confecção deve analisar conjuntamente a lavagem efetuada nas peças, acabamentos especiais, bordados, estampas,aviamentos e outros componentes agregados e definir o tipo de conservação (símbolos) para a etiqueta
da Peça Final.

Cuidados adicionais para denins elastizados


Enfesto e corte

Antes do enfesto e corte, o tecido deve ser descansado por no mínimo 24 horas, para que ele
adquira estabilidade dimensional e condições normais de umidade. Deve-se enfraldar o tecido e depositar no máximo 3 rolos em camadas de 1,5 m de comprimento;
Para tecidos Bi-elastizados enfraldar com altura máxima de 0,5 m;
No corte utilizar baixa velocidade e lâminas com guia;
Cortar forros de bolso sempre em viés pleno (45°);
As partes devem aguardar o menor tempo possível para costura, afim de se evitar os defeitos
“Fuga de Elastano” e variação de medida entre as partes (crescimento). Ideal: aguardar no
máximo 24 horas.


Modelagem



Riscar o molde de maneira que todas as partes sigam a mesma direção do fio, inclusive o cós;
O alongamento do tecido com elastano permite que o design da peça siga o contorno do corpo,
assim as curvas e medidas podem ser reduzidas;
Recomenda-se não utilizar toda a elasticidade que o tecido apresenta;
Cortar os forros dos bolsos em viés pleno (45°). A parte superior do bolso pode ser cortada um
pouco menor que o usual ou dobrada;

Costura

Utilizar máquinas de ponto corrente nas costuras que exijam elasticidade, pontos 401, 504 e 512
e para costuras de fechamento, ponto 516 (maiores informações na NBR 13.483/ 95);
A densidade de pontos tem um efeito decisivo na elasticidade da costura. Para denins com
elastano é recomendada a utilização de 5 pontos por cm, ou seja, 12,5 pontos por polegada;
Para denins Bi-elastizados utilizar entre 3,5 e 4,0 pontos por cm nas costuras de fechamento;
Ponto fixo é satisfatório para zíperes, costuras em vinco, fixações e aplicações onde o
alongamento pode e deve ser limitado;
Reduzir a velocidade das máquinas em 25% para evitar o atrito gerado pela agulha aquecida;
Utilizar agulhas ponta-bola;
Fazer testes de resistência da costura, esticando 3 ou 4 vezes para verificar se a mesma não se
rompe. Este procedimento deverá ser realizado a cada novo tecido que chegar à confecção. Se
ocorrer o rompimento da linha, ajustes adicionais na máquina deverão ser efetuados para
aumentar a elasticidade da costura;
Não esticar ou puxar o tecido durante a costura, para que não ocorram variações no ponto e
distorções nas costuras;
A tensão da linha deve ser reduzida ao mínimo, consistente com uma boa formação de ponto,
para assegurar boa aparência da costura e garantir sua elasticidade;
Utilizar fios apropriados, como: filamento de nylon ou poliéster texturizados e linhas mistas;
Para operações críticas, ou seja, costuras laterais, entrepernas e travetes, recomenda-se trocar
as agulhas a cada 8 horas de trabalho. Para as demais operações, seguir as recomendações do
fabricante quanto ao tempo de vida útil das agulhas, verificando a situação das mesmas a cada
24 horas. A utilização de agulha gasta ou rombuda causa o defeito “Furos de Agulha” nas
costuras, que torna-se visível somente após a lavagem;
Listar todas as condições operacionais a que foram submetidas a peça piloto e submeter a
produção às mesmas condições da piloto. Por exemplo: tempo de descanso, costurabilidade e
lavanderia.






Fonte:  Santana têxtil Brasil